/Blog

Como elaborar um diagnóstico socioterritorial com o SociÁgil

 Juliene Aglio Oliveira Parrão

Doutora em Serviço Social, consultora em Gestão de Projetos, Processos e Pessoas.

Como elaborar um diagnóstico socioterritorial com o SociÁgil

A definição dos objetivos que se quer alcançar com a elaboração do diagnóstico social, é que torna possível apreender o seu objeto, sendo que este é composto por uma realidade social e pelo sujeito que a está vivenciando.

Assim os usuários referenciados nos serviços da Política de Assistência Social, apresentam suas demandas, as quais podem dar origem a informações para à construção do diagnóstico social e para o desenho dos processos de gestão, como descrevemos acima. Selecionar os objetivos é o primeiro dado explícito para a construção do próprio objeto do diagnóstico.

Quando desencadeamos um processo para diagnosticar uma realidade, já estamos em processo de escolha, uma escolha como já vimos que não é neutra. O primeiro passo a ser empreendido, é, pois, a definição do objeto do diagnóstico socioterritorial, a identificação e a definição de seu conteúdo, isto é, o que será estudado.

É preciso enumerar os vários fatos que mostram que o objeto existe, conferindo-lhe visibilidade, significância social e relevância técnico-política. Definido o objeto ter-se-á, por consequência, o parâmetro para delinear a abrangência e a profundidade analítica do diagnóstico. A esta altura é necessário considerar quem são os sujeitos do diagnóstico, pois os dados e informações são originários de alguém que pensa um determinado objeto e o sistema SociÁgil será de extrema relevância nesse momento.

O diagnóstico socioterritorial não será a reprodução exata da realidade, mas uma realidade construída no plano ontológico. Os sujeitos ao produzirem os dados, as informações, os índices, os conceitos, as opiniões o farão a partir da forma como valorizam o homem, a sociedade, o cotidiano.

Portanto, o diagnóstico socioterritorial consiste no conhecimento da realidade a ser estudada, a análise dela, tendo, como norte, os indicadores sociais produzidos pelo SociÁgil, econômicos e demográficos, identificação e conhecimento das potencialidades existentes e da rede social. Desse modo, o diagnóstico social irá propiciar o conhecimento não somente dos sujeitos, mas também da realidade vivida por eles.

Para tal conhecimento da realidade local, o diagnóstico decorre da investigação e análise dessa realidade, sendo instrumento norteador e fundamental para a construção de propostas de intervenção no campo social, ou seja, identificam-se objetivos e potencialidades, estabelecendo prioridade e metas para execução da ação profissional.

 Sobre Juliene Aglio Oliveira Parrão

Sou assistente social, formada pela Toledo Prudente em 2002, mestre em Serviço Social e Políticas Sociais pela UEL, Doutora em Serviço Social pela PUC/SP. Possuo MBA em Liderança e Gestão de Pessoas. Professora universitária há mais de 15 anos, atuo na política de Assistência Social, especificamente na área de gestão por meio de consultorias e assessorias. Desde 2009 trabalho na implantação de bancos de dados, sistemas de informação e na implementação da vigilância socioassistencial em diversos municípios.